O presidente Michel Temer (MDB) confirmou nesta terça-feira (22) que Henrique Meirelles será o candidato do MDB à Presidência nas eleições de outubro deste ano. Meirelles foi ministro da Fazenda de Temer e lançou sua pré-candidatura no início de abril. O partido também lançou nesta terça o programa de governo “Encontro com o Futuro”.
Em determinado momento do discurso, ao comentar os feitos de seu governo, Temer disse esperar que Meirelles pegue o comando do país com “tranquilidade absoluta” e desejou que o ex-ministro seja o único candidato de centro nas eleições.
“Tenho enorme prazer de dizer que ficarei orgulhosíssimo se um dia Meirelles for proclamado, pelo voto popular, presidente da República Federativa do Brasil”, declarou. Ao que o público presente aplaudiu a frase, mas sem o entusiasmo desejado, Temer ponderou que é preciso “animar um pouco o auditório”.
O “Encontro” tem 41 páginas e traz a análise de cenários políticos e socioeconômicos e diretrizes de como lidar com os problemas do país no próximo governo. Ele é considerado uma continuação do “Ponte para o Futuro”, lançado pelo MDB no final de 2015, quando do início do estremecimento das relações do partido com a ex-presidente Dilma Rousseff, do PT. Meses depois, ela sofreria impeachment e o presidente Michel Temer, então como vice, assumiu seu lugar.
“Com nossa união, vamos eleger um presidente da República do MDB. Temos de fazer isso para salvar o Brasil”, declarou o presidente do partido, líder do governo no Senado e senador Romero Jucá (RR).
Meirelles já era dado como certo dentro do MDB. Ele tem intensificado visitas a parlamentares do partido e ajudou a escrever o texto do “Encontro”.
Algumas das vantagens de Meirelles perante Temer, que cogitou por um tempo ser candidato à reeleição, é a menor rejeição da população ao seu nome, a possibilidade de poder bancar toda sua campanha com recursos próprios – liberando verba para deputados e senadores – e a flexibilização de dissidentes de Temer no MDB poderem fazer alianças regionais junto a partidos de esquerda, como o presidente do Senado, Eunício Oliveira, no Ceará.
Por ter sido presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Meirelles é visto como esperança do MDB para conseguir votos de simpatizantes do petista, atualmente preso e proibido de participar do pleito deste ano.
Com informação do G1