O Ministério da Educação homologou 257 mil novas vagas aos estados na política de indução à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. O anúncio foi publicado, nesta quarta-feira, no Diário Oficial, que abre um novo ciclo de adesão ao programa no ciclo 2018-2020. Com a reforma do Ensino Médio, o MEC lançou o programa de escolas em tempo integral, criando 500 mil novas vagas com investimento inicial de R$ 1,5 bilhão. “A ampliação dessas vagas está em sintonia com a implantação do Novo Ensino Médio. O apoio aos estados tem como foco elevar a qualidade do ensino no país, garantindo mais oportunidades aos jovens”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho, ressaltando que essa é uma das prioridades do MEC.

Com o programa, o MEC vai garantir, por 10 anos, apoio aos estados no valor corresponde a R$ 2 mil por aluno/ano matriculado nas escolas em tempo integral. O valor corresponde a cerca de 50% a 70% do custo adicional gerado pelo modelo de educação em tempo integral. A verba pode ser destinada a cobrir despesas de manutenção e desenvolvimento das escolas participantes do programa. O Programa de Fomento de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral está sendo implementado de forma gradual e foi concebido para induzir o alcance das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A meta 06 do PNE para ensino integral visa o atendimento de 50% das escolas públicas e de 25% dos estudantes em tempo integral até 2024.

Até meados de 2016 o número de vagas de ensino integral no país era de 308 mil. Em outubro do ano passado foram ofertadas pelo MEC 266 mil vagas para o ciclo 2017-2020 e agora, com a nova portaria, mais de 257 mil vagas serão criadas, totalizando 831 mil. A portaria publicada hoje estabelece mudanças que melhoram o processo, o suporte e o planejamento para as secretarias de educação na implantação do programa. O secretário de Educação Básica, Rossieli Soares, explica que, além do apoio aos estados, o MEC vai colocar à disposição das secretarias estaduais de educação a lista das escolas que estão aptas a participar do programa.

No caso de haver demanda acima do previsto, a prioridade será para escolas em áreas de maior vulnerabilidade socioeconômica, que tenham maior número de alunos atendidos no ensino médio de acordo com o censo escolar, e com disponibilidade de infraestrutura. Neste último quesito, as escolas deverão atender a, pelo menos, quatro dos seis critérios mínimos de infraestrutura exigidos pelo programa: ter biblioteca ou sala de leitura, no mínimo oito salas de aula, quadra poliesportiva, vestiários masculino e feminino, cozinha e refeitório.

Caso queiram incluir escolas que não estejam na lista elaborada pelo MEC, caberá às secretarias estaduais comprovar que o estabelecimento cumpre os critérios exigidos pelo ministério, entre eles, mostrar como pretende alcançar o mínimo de 350 alunos ao final do terceiro ano de inclusão no programa, bem como comprovar que o prédio estará pronto até o mês de outubro do ano de inclusão no programa.

Matrículas – Outra novidade é a redução do número mínimo de matrículas exigidas para a adesão. Cada escola deverá ter, no mínimo, 120 matrículas no primeiro ano do ensino médio. Após a adesão, será permitido um mínimo de 60 matrículas no primeiro ano. Depois de três anos de sua inclusão, deverá atender pelo menos 350 alunos em tempo integral.

O MEC garantirá o atendimento de um mínimo de 367 escolas e 164.350 estudantes nesta nova etapa do programa. No total, serão 572 escolas e 257.400 estudantes para o ciclo 2018-2020. Levando em consideração a primeira e a segunda adesão das secretarias, o MEC estima que, em 2020, sejam alcançadas 520 mil matrículas em 1.088 escolas em todo o país.

Com MEC