Retomando sua participação no Jornal Alerta Geral, o médico e professor universitário Henrique César comemorou, nesta quinta-feira (28), a chegada do imunizante contra o coronavírus, mas criticou a “falta de capacidade técnica e planejamento dos gestores da área da saúde, que primam mais por politicagem, em todas as suas esferas, do que o seu dever de ofício”, disse ele.
Henrique aponta com um dos erros da administração, à nível nacional, a entrada minguada que o país teve na aliança mundial para aquisição de vacinas contra a doença, bem como o não avanço de negociações com a empresa Pfizer e a suspensão da compra de 46 milhões de doses da coronavac, no fim de 2020, pelo presidente Bolsonaro.
“Uma lástima! Mas as atecnias não são exclusivas do governo federal. A nível local, a gestão da pequena quantidade de vacinas disponibilizadas agora mostrou o quanto nossos gestores de saúde batem cabeça, não se entendendo, não definindo com absoluta clareza qual é o perfil epidemiológico de quem deve ser priorizado para o alastrar dessa doença”, afirmou.
O médico ressalta, por fim, a situação de profissionais da área da saúde que estão na linha de frente no combate a pandemia e não foram vacinados, enquanto outros que sequer tem contato com pessoas infectadas, foram imunizados. Além disso, ele destaca o cenário de médicos inscritos para se vacinar no Centro de Eventos, esperando por horas, mas sem êxito.
“Essa doença mata e mata muito, mas aqui conta com um bocado de ajudante”, finaliza Henrique. Ouça na íntegra o comentário do médico e professor universitário Henrique César.