Segurados da previdência social, com perícias marcadas para hoje e amanhã, quarta-feira, devem mudar a agenda porque os médicos do INSS voltam a suspender as atividades. Segundo a Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), cerca de 22 mil a 25 mil perícias agendadas serão afetadas. Os médicos querem 20% de reajuste salarial, além de concurso para suprir 3.000 vagas para a perícia.
A greve prejudica segurados que precisam realizar a perícia para manter o auxílio doença ou receber autorização para voltar ao trabalho. Quem depende da perícia para receber o BPC (Benefício de Prestação Continuada) também acaba sendo prejudicado.
De acordo, ainda, com a Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), a paralisação desta semana ocorre após ausência de evolução no diálogo e a falta de respostas aos ofícios enviados ao Ministério do Trabalho e Previdência com pedido para abertura de negociações sobre reivindicações da categoria.
Os peritos deixaram de atender no dia 31 de janeiro e, pelo menos, 25 mil perícias tiveram que ser remarcadas. Segundo o Gerente Executivo do INSS, Agência Fortaleza, Francismar Lucena, os segurados que foram à agência fizeram o reagendamento da perícia, mas os demais precisam remarcar a consulta.
A previsão do INSS era de que, quem teve a perícia suspensa na última paralisação dos médicos, seria atendido após o dia 15 de fevereiro. Agora, com a nova greve, o número ainda maior de segurados terá atraso no inicio do pagamento de benefícios.
REMARCAÇÃO DE PERÍCIAS
Uma portaria do INSS (portaria nº 922), publicada em setembro, estabelece que os segurados que não forem atendidos devido à paralisação das atividades devem ter a perícia remarcada pelo próprio INSS até o meio-dia do dia seguinte ao atendimento cancelado.
A portaria estabelece ainda que a nova data do agendamento deve estar disponível para consulta a partir das 13h do dia seguinte ao cancelamento, no site ou aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135.
A perícia é exigida para benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadorias por incapacidade permanente ou para pessoa com deficiência e BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.