O candidato do MDB à Presidência da República Henrique Meirelles disse que, entre as primeiras ações de seu governo, caso seja eleito, será fazer as reformas da Previdência e tributária. A declaração foi dada em sabatina aos presidenciáveis realizada hoje (19) na capital paulista pela revista Veja.
“Se não fizermos as reformas fundamentais [Previdência e tributária], de um lado, nós temos uma despesa pública crescendo de uma forma insustentável pelas obrigações constitucionais que tem que ser mudada e, de outro lado, nós temos uma complexidade tributária insuportável”, avaliou.
Para Meirelles, o problema da segurança pública poderia ser resolvido com aumento da arrecadação, que seria consequência de uma melhora no cenário econômico do país.
“Nós precisamos ter o Brasil crescendo para que os governos estaduais, municipais e o governo federal possam ter aumento de arrecadação e investir em educação, segurança e saúde. Por exemplo, que tragédia quando vimos no Rio de Janeiro viaturas sucateadas nos pátios, a polícia sem armamento, salários atrasados de policial. País quebrado não resolve problema de ninguém”.
Segundo ele, com o país crescendo, os estados aumentariam a arrecadação, poderiam contratar policial, comprariam equipamentos e viaturas. Além disso, defendeu um sistema unificado de informações para combater crimes.
“O governo federal com um sistema unificado de informações para estar sempre um passo na frente do bandido, porque hoje não existe informação. Polícia Militar não troca informação com Polícia Civil e etc. Nós vamos ter um sistema de informação nacional que será comandado pela Polícia Federal e que vai de fato ter condições de integrar todas as informações. O sistema de segurança brasileiro vai andar um passo sempre na frente do bandido”, disse.
Em relação à corrupção, o candidato disse que o combate é feito por meio de exemplo e de cultura pessoal. “Nós vamos combater a corrupção, primeiro, baseado no exemplo. Quando eu fui presidente do Banco Central durante oito anos, toda minha diretoria, todos os funcionários importantes do banco que eu escolhi nunca houve uma denúncia de corrupção contra um deles. Quando eu fui ministro da Fazenda, todos os secretários da Fazenda a mesma coisa”, lembrou.
Questionado sobre a independência política que o próprio candidato defende, ele afirmou que sua candidatura “não deve nada a ninguém, é independente”. “Eu não trabalho para partido, eu não trabalho para governo específico ou para um presidente ou nada, eu trabalho para o povo brasileiro e esse é meu compromisso”.
“Não tenho compromisso com ninguém, tenho compromisso com o povo brasileiro e com tudo aquilo que estou dizendo que vou fazer, por exemplo, criar dez milhões de empregos no Brasil em quatro anos. Mostrei que é possível e vamos fazer isso e melhorar a vida de todos os brasileiros”, acrescentou.