O melhor momento para a aprovação da reforma da Previdência é “agora”, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Achamos que o melhor momento para [votar] a reforma é agora”, disse o ministro a jornalistas na noite desta segunda-feira, 11, após participar de premiação do LIDE no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O ministro explicou que a tendência é a aprovação da proposta ficar mais complicada com o passar do tempo. “Quanto mais atrasar, mais difícil fica lá na frente.”

Meirelles reconheceu que, caso o governo não consiga angariar os 308 votos necessários à aprovação da proposta de emenda constitucional que reformula as regras previdenciárias em 2017, ela poderá acontecer no futuro. “Se a reforma não for feita agora, será feita em algum momento”, reforçou, apontando que a pauta “não é uma escolha, e sim uma necessidade”.

Em comentário sobre o Placar da Previdência elaborado pelo Grupo Estado, que apontava 64 parlamentares a favor da proposta – muito abaixo do número anunciado por membros do governo -, o ministro ponderou que nem todos os deputados “necessariamente antecipam o voto”.

Candidatura. Meirelles negou que esteja condicionando uma possível candidatura à Presidência da República à aprovação da reforma da Previdência. “Não estou condicionando a candidatura a questões específicas”, disse o ministro, ao sair do evento.

O ministro reconheceu, no entanto, que o desempenho da economia será um elemento importante para a sua decisão, entre “uma série de fatores”. O ministro tem dito em discursos e em entrevistas que o crescimento sustentável da economia depende da aprovação da reforma da Previdência.

Meirelles também tem afirmado que vai decidir sobre uma possível candidatura no fim do primeiro trimestre do ano que vem. Os ministros que pretendem se candidatar a algum cargo têm até o dia 5 de abril para deixar o governo.

Crédito do Estadão