O Ceará saiu da 13ª para 12ª posição no Ranking de Competitividade dos Estados, criado há 12 anos e que será divulgado nesta quarta-feira (23), em Brasília, durante o Congresso Brasileiro dos Servidores da Administração Pública (Consad). A liderança continua com o Estado de São Paulo, vindo, em seguida, Santana Catarina, Paraná e Distrito Federal.

A pesquisa para definir o ranking sobre o desempenho dos estados é feita pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a startup Seall.

A classificação leva em conta 99 indicadores relacionados a infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.

O desempenho nesses setores deixa o Ceará com a melhor posição na Região Nordeste. O destaque, do ponto de vista positivo, fica, porém, para o Maranhão, que ganhou cinco posições (da 26ª em 2022 para a 21ª), enquanto, no aspecto negativo, surge a Bahia, que aparece na 24ª posição, sete abaixo da registrada em 2022.

O gerente de Competitividade do CLP, Lucas Cepede, destaca, em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo, que a Bahia teve quedas expressivas nos quesitos de capital humano, eficiência da máquina pública, inovação e sustentabilidade ambiental.

Segundo o estudo, seis Estados – Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão, Pará e Tocantins – alcançaram suas melhores posições em 12 anos. O avanço do Rio Grande do Sul é atribuído às reformas iniciadas em 2017, cujos resultados começam a aparecer, enquanto, em Minas Gerais, houve melhoria na capacidade de atração de investimentos, gerando empregos, renda e controle das contas públicas.

O diretor-presidente do Centro de Liderança Pública, Tadeu Barros, ressalta que entre os objetivos do ranking estão o incentivo à competição positiva entre os Estados, que serve de base para os gestores desenvolverem políticas públicas e para a população avaliar e cobrar prioridades de seus governantes. Dos 27 Estados, 24 utilizam o estudo como ferramenta de gestão e de tomada de decisões.