As mulheres são a maioria dos eleitores do Ceará, mas, em termos proporcionais, a representação feminina na Assembleia Legislativa continua pequena. Entre os 46 parlamentares eleitos em 2018, são apenas seis mulheres.
A nova legislatura, com quatro anos de duração, ou seja, de 2019 a 2023, terá as deputadas estaduais Fernanda Pessoa (PSDB), Dra. Silvana (PR), Augusta Brito (PC do B), Aderlânia Noronha (Solidariedade) – todas reeleitas para um novo mandato – e, ainda, Patrícia Aguiar, que volta à Assembleia Legislativa, e Erika Amorim, que chega como estreante. Patrícia e Erika são filiadas ao PSD.
Há, entre Erika, Patrícia e, também, Aderlânia Noronha, outros traços em comum: as três tem origem na Região dos Inhamuns. Patrícia é ex-prefeita de Tauá, esposa do ex-vice-governador Domingos Filho e mãe do deputado federal Domingos Neto; Erika é ex-primeira dama de Caucaia e esposa do prefeito Naumi Amorim. Aderlania é ex-primeira dama de Parambu e esposa do deputado federal Genecias Noronha, reeleito, em 2018, para o terceiro mandato.
A nova legislatura tem uma voz feminina a menos em relação a anterior quando, em 2014, sete mulheres conquistaram mandatos – Fernanda Pessoa, Mirian Sobreira, Bethose, Aderlânia Noronha, Augusta Brito, Laís Nunes e Dra. Silvana. Bethose concorreu a um novo mandato, mas não se reelegeu; Mirian Sobreira declinou da reeleição para apoiar o filho eleito Marcos, enquanto Laís Nunes deixo a Assembleia em 2017 após se eleger, no ano anterior, prefeita do Município de Icó.