Um novo caso de uma mulher americana grávida, que teve morte cerebral e foi capaz de levar o feto até o final da gestação, dando à luz ao bebê vivo e saudável, chama a atenção da comunidade médica internacional.
Embora considerado raro, uma avaliação sistemática do caso descobriu outros 35 exemplos recentes de mulheres grávidas que sofreram morte cerebral. Desse total de casos registrados no mundo, 27 terminaram a gestação com um bebê vivo, incluindo três partos normais.
Segundo pesquisadores da Universidade da Flórida, a mulher, de 31 anos, estava grávida há 22 semanas quando deu entrada no hospital com uma forte dor de cabeça, sofrendo, logo depois, uma convulsão que a levou parar de responder.
SANGRAMENTO CEREBRAL, COM FINAL FELIZ
O estudo destaca que “Os resultados do exame preencheram os critérios da medicina nuclear para ‘morte cerebral’ e o paciente foi declarado morto no dia da admissão”. O estudo mostra, ainda, que análises posteriores revelaram que a mulher havia sofrido um sangramento no cérebro.
A gravidez foi levada até o fim por uma decisão de familiares da pacientes que, após reunião com neurointensivistas, especialistas em UTI neonatal, obstetras, bem como equipes jurídicas, éticas e assistentes sociais, expressaram o desejo de manter o sonho da maternidade.
A persistência, com fé e os cuidados da medicina, valeu à pena: o bebê nasceu após mais de 11 semanas, com 33 semanas de gestação ao todo. Após o procedimento no hospital, a equipe médica anunciou que a criança passou bem o parto e não precisou de reanimação.