O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (17), que as vacinas da Pfizer contra Covid-19 para imunizar crianças de 6 meses a 4 anos com comorbidades devem chegar na quarta-feira (26) da semana que vem. A pasta não detalhou quantas doses chegarão ao país nessa primeira remessa.
O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, afirmou que o ministério vai emitir uma nota técnica para orientar a vacinação nesse público-alvo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer para essa faixa etária há um mês. O imunizante deve ser aplicado em três doses. A segunda aplicação vem três semanas após a primeira e, a última, depois de oito semanas.
— É uma vacina em três doses, que tem uma tampa de cor diferente (das demais vacinas da Pfizer). Precisamos ter reuniões com coordenadores estaduais e municipais de vacinação. Não podemos ter erro vacinal — afirmou Medeiros.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta analisou amplamente os dados da vacinação. O gestor falou sobre o cenário internacional e ponderou que em muitos países o imunizante ainda não está sendo aplicado. Apesar dos questionamentos, Queiroga disse que seu discurso não é antivacina.
— Essa vacina das crianças de 6 meses a 4 anos, tem alguma trabalho publicado em alguma revista científica? Qualquer uma, não precisa ser de fator de impacto elevado. Procura lá, vê se tem alguma? —afirmou o ministro dizendo que dados foram apresentados à agência americana, FDA, mas não estão publicados.— Para publicar precisa de revisão de pares. São muitas considerações a serem realizadas. E o ministro da saúde sempre se guia pela opinião técnica, porque tem implicações: segurança, eficácia. São considerações técnicas e científicas não se confunda para depois não dizer que o ministro é antivacina.
A ampliação da vacinação para todas as crianças de 6 meses a 4 anos está condicionada à análise do tema pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). De acordo com a pasta, a medida foi uma orientação da Consultoria Jurídica da pasta.
(*) Com informações Agência O Globo