São Paulo - Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.

O Ministério da Saúde encomendou pesquisa para analisar a efetividade de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 para quem tomou Coronavac. Realizada em parceria com a Universidade de Oxford, o resultado deve começar ficar pronto em novembro. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira em conversa com jornalistas.

— É pra avaliar reforço em indivíduos que tomaram primeira e segunda dose da Coronavac. Por que isso? Porque (para) essa vacina nós não temos uma publicação na literatura detalhada acerca da sua efetividade. Todas as respostas precisam ser dadas a partir de ensaios clínicos — afirmou o ministro Marcelo Queiroga.

O estudo deve começar daqui a duas semanas. Ao todo, serão 1.200 voluntários em São Paulo, junto à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em Salvador, com o Hospital São Rafael. Poderão participar pessoas que já receberam duas doses de Coronavac há pelo menos seis meses.

Os participantes serão divididos em grupos por idade — de 18 a 59 anos e acima de 60 — e por dose de reforço. O objetivo é avaliar o tempo de proteção da Coronavac.

— Para a vacina da Pfizer, de Oxford/AstraZeneca e da Janssen, já existem publicações mostrando realmente proteção em até um ano. Em relação à Coronavac, nós precisamos avaliar isso. Existem estudos que já mostram que a proteção começa a cair com seis meses. Então, estaremos vacinando pessoas que já tenham tomado duas doses da Coronavac, seis meses depois da segunda dose, em quatro grupo: um grupo tomará reforço com a vacina da Coronavac, um outro com a Janssen, da Pfizer e da AstraZeneca — disse a médica Sue Ann Costa Clemmens, que participa do estudo.

(*) Com informações Jornal Extra