Longe de uma solução para diminuir o sofrimento de mais de 2 milhões de pessoas que esperam respostas a pedidos de benefícios e realização de perícia médica, o Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, antecipou, nesta segunda-feira, a realização de uma possível nova reforma previdenciária ao anunciar que pretende rever mudanças nas regras de pensão por morte e aposentadoria por invalidez.

Os dois benefícios deixaram de ter o valor integral com a Reforma da Previdência de 2019. Segundo Lupi, as mudanças nas atuais regras para concessão da pensão por morte e aposentadoria por invalidez fazem parte da promessa da campanha do então candidato e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que citou a pensão no último debate presidencial.

Lupi citou, por exemplo, que, quando a esposa perde o companheiro, os custos não diminuem, aumentam em até 30%, enquanto a pensão corresponde a 60% do que recebia o marido, ou seja, segundo ele, uma queda flagrante do poder aquisitivo da família.

Sobre a longa fila, o Ministro foi lacônico: nunca vai acabar, mas garantiu que, até o final do ano, pretende chegar ao que considera aceitabilidade, com 45 dias para respostas aos beneficiários. Serão realizados mutirões e pagamento de bônus para os servidores que estarão na jornada para analisar processos e ajudar a reduzir o número de pessoas nas filas do INSS.