O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, quer diminuir o consumo do diesel no país e fomentar a conversão de caminhões para o gás natural veicular, como uma forma de reduzir o custo do frete no país. Atualmente, cerca de 10,6% do gás comercializado no país abastece veículos.
Com uma rede abastecimento ainda bastante limitada, focada, sobretudo, nos maiores centros urbanos, o gás fica concentrado em grandes empreendimentos industriais e na geração de energia elétrica.
Segundo o ministro, a base do plano que será anunciado pelo governo reside na retirada da Petrobras do mercado de transporte e distribuição de gás. A estatal concentra hoje 70% do mercado.
“Ninguém ganhou com esse monopólio, que já deveria ter sido quebrado desde 2002”, afirmou o ministro em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Pelo acordo, a estatal venderá 8 de suas 13 refinarias, abrindo mão de cerca de metade do mercado de derivados do petróleo. Os acordos foram uma troca feita pela estatal para evitar ser condenada pelo conselho em dois processos por práticas anticompetitivas.
O novo cenário para o gás provoca mudanças nos rumos das empresas, a distribuidora Celse (Centrais Elétricas do Sergipe), por exemplo, adquiriu um navio estrangeiro que funcionará como estação fixa de tratamento de gás para abastecer as usinas térmicas até 2044.