Brasília - O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, durante audiência pública da Comissão Especial sobre Novo Regime Fiscal (PEC 241/16), na Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira (21), em debate na comissão especial que analisa a reforma da Previdência, que os gastos previdenciários estão “engolindo” as despesas do governo federal.

Segundo ele, a Previdência cresce anualmente a um ritmo de R$ 50 bilhões, enquanto os investimentos públicos somam apenas R$ 40 bilhões.

Alem disso, acrescentou o ministro, os gastos com os benefícios previdenciários representam 54% das despesas primárias do governo.

Oliveira afirmou que sem a reforma, o governo teria que adotar medidas como as que foram implantadas em países como a Grécia, ou em estados como o Rio de Janeiro, com aumento de alíquotas de contribuição previdenciária, entre outras. “Não fazendo a reforma gradual que estamos propondo, chegaremos ao ponto de fazer isso”, disse o ministro.

Segundo Oliveira, o processo de construção da credibilidade da economia brasileira passa pelo teto de gastos, já aprovado pelo Congresso Nacional, e pela reforma da Previdência. “Todos os brasileiros têm que entender que temos que colocar o País na posição correta. Parte desse caminho é a reforma da Previdência”, afirmou.

A comissão especial da Câmara dos Deputados analisa a PEC 287/16, que altera regras em relação à idade mínima e ao tempo de contribuição para se aposentar, à acumulação de aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos benefícios, entre outros pontos.