O ministro do Superior Tribunal de Justiça, o cearense Napoleão Nunes Maia se declarou suspeito para julgar a reclamação dos irmãos Batista, sócios da JBS, que estão presos em São Paulo. Na reclamação, eles pedem que o caso que investiga se Joesley e Wesley Batista se beneficiaram de operações financeiras com a delação migre da primeira instância para o STJ por incluir a advogada Fernanda Tórtima, que é suplente no TRE do Rio de Janeiro. Atualmente o processo tramita na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

De perfil garantista, o ministro era a esperança da defesa de conseguir a soltura de Wesley Batista. Nunes Maia justificou o impedimento afirmando que um corréu do caso da JBS “teria feito maldosas ilações pejorativas e caluniosas respeitantes à sua pessoa, ofendendo duramente a sua honra pessoal e de Magistrado”.

Por isso, decidiu não emitir qualquer juízo sobre a conduta, e afirmou ser suspeito para jukgar o caso. Em delação premiada, o advogado e delator da empresa Francisco de Assis e Silva contou a procuradores ter conversado com Willer Tomaz, advogado preso na operação Patmos, sobre a suposta interferência do ministro do STJ em favor da empresa. Maia Filho sempre negou.