O novo mapa do Monitor de Secas, publicado nesta segunda-feira (20), indica que as condições de estiagem no Ceará se mantiveram estáveis. Em maio, o estado apresentava 20,82% do seu território considerado com seca fraca, já em junho, 20,84%.

Atualmente, a área atingida pela seca fraca no Ceará está concentrada entre as macrorregiões do Sertão Central e Jaguaribana. Em maio, último mês da Quadra Chuvosa, as precipitações no Ceará ficaram 8,4% abaixo da normal climatológica para o período, quando os principais acumulados foram observados no Cariri e no Litoral de Fortaleza, de acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

No mês de junho, ainda segundo a Funceme, o estado apresentou, novamente, precipitações abaixo da média. O observado foi de 30,9 milímetros, o que representa um desvio negativo de 17,6% em relação à climatologia, que é de 30,9 mm.

“Nesta época do ano, observa-se uma redução das chuvas quando comparado aos meses do principal período de precipitações, que vai de fevereiro a maio”, reforça Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme.

No cenário presente, isto é, com seca fraca no estado, o Monitor de Secas indica que os impactos serão veranicos de curto prazo diminuindo plantio, crescimento de culturas ou pastagem, além de alguns déficits hídricos prolongados, pastagens ou culturas não completamente recuperadas.

Situação hídrica

Apesar da estabilidade em relação aos níveis de estiagem, o Ceará tem, neste momento, 49 açudes com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, principal reservatório do estado, apresenta 15,7% da sua capacidade total.