Dados do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) mostram que, desde o início da pandemia, o número de tornozeleiras eletrônicas para monitoramento de apenados e suspeitos de cometerem crimes, no Ceará, saltou de 27,6%. Entretanto, entre os usuários, estão chefes de facção criminosa, que já romperam o equipamento.

Em março deste ano, o estado tinha 5.937 pessoas monitoradas pelo uso do equipamento. No início de novembro, já eram 7.580 pessoas, segundo o TJCE. A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) informa que, apesar do aumento da concessão de tornozeleiras eletrônicas neste ano, a taxa de violação do equipamento no Ceará é de 19%, bem menor que a média nacional, que é de 35%.

Conforme a SAP, o aumento da aplicação da tecnologia, nos últimos anos, tem como uma das causas o trabalho realizado pelo núcleo jurídico da Pasta junto da Defensoria Pública do Ceará, que, desde janeiro de 2019, realizaram mais de 32 mil análises processuais dos internos.