O empresário Abilio Diniz morreu neste domingo em São Paulo, aos 87 anos de idade. Conhecido por ter transformado o Grupo Pão de Açúcar na maior rede varejista do país, Diniz estava internado no hospital Albert Einstein, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite.

A história do varejo brasileiro e do empresário Abilio dos Santos Diniz estão entrelaçadas. Tanto que há alguns anos o jornal britânico Financial Times escreveu que Diniz era um ‘heroi’ para os consumidores brasileiros dada sua perseverança à frente do negócio fundado por seu pai, o português Valentim dos Santos Diniz.

A rede de supermercados Pão de Açúcar, que nasceu em 1948 como uma doceria, ganhou este nome pelo amor que o imigrante criou pelo Pão de Açúcar assim que chegou de navio ao Rio de Janeiro, em 1929, e avistou a beleza da paisagem. A doceria transformou-se num império e Diniz num dos mais icônicos empreendedores brasileiros.

Críticos apontavam seu temperamento forte e a obsessão pelo poder como seus principais defeitos. Mas, no mercado, essas duas características sempre foram vistas como essenciais para seu sucesso no varejo nacional. Dono de uma fortuna estimada em US$ 2,4 bilhões pela revista Forbes, ele ocupava em agosto de 2023, a posição 1.272 no ranking global de pessoas mais ricas do mundo.

Entre os brasileiros, Diniz não era só o “pop star” do varejo admirado por sua riqueza e obstinação pelo trabalho: ele ganhou notoriedade como um homem apaixonado por esportes — e torcedor fervoroso do São Paulo Futebol Clube, cidadão religioso e que buscava sempre uma vida saudável. Escreveu livros contando sobre suas crises pessoais e profissionais e, mais recentemente, tornou-se apresentador de televisão num programa de entrevistas.

Abilio Diniz nasceu em 28 de dezembro de 1936, em São Paulo. Casou-se pela primeira vez em 1960, com Auriluce, com quem teve os filhos Ana Maria, João Paulo, Pedro Paulo e Adriana. O segundo matrimônio, com Geyze Marchesi, veio em 2004. Da união, nasceram Rafaela e Miguel. Um dos mais duros golpes na vida pessoal do empresário foi a morte, em 2022, de seu filho João Paulo, aos 58 anos, vítima de enfarto.

(*)com informação do Jornal Extra