O subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, enviou ofício ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, pedindo o bloqueio de bens do ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos). O motivo alegado para o pedido seria uma investigação sobre os pagamentos ao pré-candidato a Presidente do Brasil realizados pela consultoria Alvarez & Marsal responsável pela administração judicial de empresas condenadas pela Lava-Jato.
Segundo Furtado “há risco da inviabilização do ressarcimento e do recolhimento de tributos aos cofres públicos”.
Em outro ponto, o integrante do MP defende que “a única forma de comprovar a remuneração pactuada, uma vez que os recibos isolados (além de inconclusivos no caso dos emitidos nos EUA) provam os valores neles registrados, mas não a inexistência de outros, referentes a verbas da mesma ou de outra natureza”.
Em uma live realizada na semana passada, Moro revelou quanto recebeu e que os valores foram declarados nos Estados Unidos e que serão incluídos em seu Imposto de Renda no Brasil.
Quanto ao pedido feito por Lucas Furtado, o ex-juiz disse que vai entrar com uma representação contra o sub-procurador. “Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o senador da República, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e igualmente promover ação de indenização por danos morais”, disse Moro.