O Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), deflagrou nesta terça-feira (27/07) a 5ª fase da “Operação Banquete” para apurar suposta corrupção em contratos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Eusébio. O esquema investigado inclui lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com o auxílio da Polícia Civil, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, nas cidades de Eusébio, Aquiraz, Fortaleza, Horizonte e Pindoretama.
O MPCE investiga aparente associação criminosa em que empresários teriam mantido pagamento regular de propina a gestores e terceiros, para manutenção de contratos com a UPA de Eusébio. Dentre os investigados, estão empresários do setor de alimentação, um gestor em saúde e um ex-chefe de Gabinete de Prefeitura, que também já integrou a Secretaria de Governo e a articulação política daquele município, além de outros suspeitos. Empresas ligadas aos investigados receberam mais de R$ 9,4 milhões por contratos com o Município. A operação apreendeu, ainda, eletrônicos e documentos.
Operação Banquete
Desde as primeiras fases da Operação Banquete, iniciada em 19 de agosto de 2020, já foram oferecidas denúncias contra 24 pessoas. Dentre as medidas cautelares, já foram cumpridos 20 mandados de prisão, 32 de busca e apreensão e seis afastamentos de agentes públicos. O objetivo das investigações é desarticular um grupo criminoso que estaria fraudando licitações, direcionando contratos ou montando esquemas de corrupção em órgãos e entidades relacionadas à Prefeitura de Eusébio.
(*) Com informações Ministério Público do Estado do Ceará