Ministério Público Federal (MPF) vai fazer mais uma devolução de cerca de R$ 650 milhões à Petrobras. A informação foi confirmada pela procuradoria na desta terça-feira (5).
O valor foi recuperado por meio de acordos de colaboração e de leniência celebrados durante as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com os MPF, esta será a maior quantia já devolvida em uma investigação criminal no país de uma vez só.
De acordo com a Petrobras, ao menos R$ 800 milhões já tinham sido recuperados pela estatal no esquema de corrupção investigado pela operação. O MPF informou que dará mais detalhes sobre a devolução dos cerca de R$ 650 milhões em uma coletiva de imprensa marcada para a manhã de quinta-feira (7). Somando os dois valores, o ressarcimento à Petrobras passará de R$ 1,4 bilhão.
Ainda conforme o MPF, os crimes já denunciados envolvem o pagamento de propina no valor de R$ 6,4 bilhões. Mais de dez bilhões são alvo de recuperação por acordos de colaboração, sendo R$ 756,9 milhões objeto de repatriação e R$ 3,2 bilhões em bens bloqueados dos réus.
Desde o início da operação, que foi deflagrada em março de 2014, 1.765 procedimentos foram instaurados, sendo 881 mandados de busca e apreensão, 222 de condução coerctiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, 101 de prisões preventivas, 111 de prisões temporárias, além de seis prisões em flagrante.
Também foram feitos 340 pedidos de cooperação internacional, sendo 201 ativos para 41 países e 139 passivos com 31 países.
Cento e cinquenta e oito acordos de colaboração premiada foram firmados com pessoas físicas, além de 10 acordos de leniência e um termo de ajustamento de conduta.
Foram feitas 67 acusações criminais contra 282 pessoas. Das acusações, 37 já tiveram sentença pelos crimes de corrupção, tráfico transnacional de drogas, organização criminosa, lavagem de ativos, crimes contra o sistema financeiro internacionaliza, entre outros.
Com isso, até então há 177 condenações contra 113 pessoas que somam 1.753 anos e sete meses de penas.
Os dados foram atualizados pelo MPF no dia 14 de novembro deste ano.
Com informação do G1