Embora os homens representem entre 60% e 80% dos mortos pela Covid-19, as mulheres são afetadas de maneira mais severa pelo novo coronavírus. Elas estão mais expostas ao risco de contaminação e às vulnerabilidades sociais decorrentes da pandemia, como desemprego, violência, falta de acesso aos serviços de saúde e aumento da pobreza.

Essa é a conclusão do relatório “Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19”, divulgado no final de março pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento. Além do aumento da desigualdades e da violência de gênero já existentes, o relatório alerta para o fato de que as mulheres são maioria na linha de frente contra o coronavírus.

De acordo com a organização, as mulheres representam 70% da totalidade de trabalhadores da área de saúde no mundo. Já Brasil, segundo a Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), 85% dos profissionais de enfermagem são mulheres, sendo a mesma porcentagem para cuidadores de idosos e 45,6% dos médicos do país são do sexo feminino.