O presidente Michel Temer (MDB) admitiu pela primeira vez de forma pública que pode sim disputar a reeleição nas eleições de outubro deste ano. Nessa terça-feira, 20, durante a saída de um almoço no Palácio Itamaraty que teve com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Temer disse que “não é improvável” disputar o pleito, mas ressaltou que ainda não decidiu se vai ou não concorrer.
“Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi. O tempo dirá (quando devo decidir), é no limite legal”, afirmou. Indagado sobre uma eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente sinalizou que irá conversar com ele. “Tudo isso vai ser objeto de conversas, com o Meirelles, inclusive, que é uma grande figura”, disse.
Nesta quarta-feira, 21, o presidente deve conversar em Brasília com o prefeito de Salvador, ACM Neto, eleito presidente nacional do Democratas. A legenda também abriga o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), hoje pré-candidato à Presidência.
Na pauta do encontro entre Temer e Neto, o futuro da aliança do PMDB com o partido. Se for mesmo candidato nas eleições de outubro, o peemedebista quer o apoio do Democratas, que poderia inclusive indicar o vice na chapa do presidente. Além do encontro com Temer, ACM Neto também vai se reunir com Maia e parlamentares.
Temer começou a admitir em conversas reservadas que poderá personificar o papel de candidato do Governo em outubro, caso nenhum dos nomes vinculados a seu campo político decole nas pesquisas. Em paralelo, o presidente segue estimulando aliados a também testarem suas chances na disputa.
A interlocutores, Temer aponta que estrategicamente é bom que o maior número possível de aliados se coloque na corrida eleitoral, pois a pulverização enfraquece a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. O governador de São Paulo deixou de contar com a simpatia do Planalto desde que se empenhou, nos bastidores, para que a bancada paulista votasse a favor das denúncias contra Temer, no ano passado.
Com informações do Jornal O Globo