A partir de agora, 29 procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais passam a ser oferecidos à população gratuitamente, pelo SUS. Essas práticas são voltadas ao tratamento e prevenção de diversas enfermidades, como depressão, hipertensão, complicações respiratórias, problemas ortopédicos e doenças circulatórias. No Ceará, a medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular/biodança, yoga, massagem, auriculoterapia, massoterapia, musicoterapia, acupuntura e reiki, por exemplo, já estão disponíveis na rede pública de 125 municípios do estado. Para Marli Maia, enfermeira do Programa Saúde da Família, oferecer novas formas de tratamento para a população é o mesmo que oferecer melhor qualidade de vida.

“As práticas integrativas trazem uma abordagem que coloca a saúde como um todo. Não é só a parte que dói ou a parte que incomoda, mas todo o funcionamento do organismo. Por exemplo, o tai chi chuan é uma prática que faz com que a gente movimente o corpo, coloque os músculos para trabalhar, coloque as articulações para trabalhar e isso fortalece o organismo, fortalece a musculatura, da uma flexibilidade para os movimentos. Então isso é ótimo para qualquer pessoa, mas principalmente para pessoas idosas que têm dores crônicas. Então isso ajuda muito a melhora da qualidade de vida”.

A dona de casa, Ezilma Fernandes, começou a praticar automassagem e tai chi chuan há seis meses e já vê resultados positivos na saúde.

“Eu sou diabética, eu tinha muito problema de arritmia. E agora a minha arritmia foi controlada, bem controlada, inclusive, fiz exames e o médico falou assim: olha tem uma arritmia muito pouquinha, assim bem compatível com o seu problema de saúde. Então melhorou muito. Eu faço aqui tem mais ou menos seis meses e eu noto que a minha qualidade do sono melhorou muito. E não deixo de vir, três vezes por semana eu estou aqui, não deixo de vir”.

Em todo o país, no ano passado, foram registrados quase um milhão e meio de pessoas que usufruíram das práticas integrativas oferecidas pelo SUS. Mas a ideia é que esse número aumente. Somando as atividades coletivas, a estimativa é de que, por ano, aproximadamente cerca de cinco milhões de pessoas participem dessas práticas no Brasil.

Com Agência do Rádio Mais