Estudo revela a existência, no Brasil, de 10,7 milhões de deficientes auditivos, dos quais 2,3 milhões têm deficiência severa. Feito em conjunto pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda o estudo aponta que a surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres e pessoas de todas as idades, com predominância da faixa de 60 anos de idade ou mais (57%).
Nove por cento dos deficientes auditivos nasceram com a deficiência e 91% adquiriram ao longo da vida, sendo que metade foi antes dos 50 anos. Entre os que apresentam deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos. Do total pesquisado, 87% não usam aparelhos auditivos.
Dois em cada três brasileiros relataram enfrentar dificuldades nas atividades do cotidiano. A falta de acolhimento e inclusão limitam o acesso dos surdos às oportunidades básicas, como educação (somente 7% possuem o ensino superior completo; 15% frequentaram até o ensino médio, 46% até o fundamental e 32% não possuem grau de instrução).
Vinte por cento dos deficientes auditivos idosos não conseguem sair sozinhos, só 37% estão no mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 5 de setembro passado, com 1.500 brasileiros surdos e ouvintes. No total, o Brasil possui 50,30 pessoas com deficiência. Nove em cada dez brasileiros afirmaram ser favoráveis aos direitos das pessoas com deficiência.
A pesquisa mostra que a maior parcela de deficientes auditivos está na Região Sudeste (42%), seguida pelo Nordeste (26%) e Sul (19%). Já as regiões Centro-Oeste e Norte detêm os menores percentuais de surdos (6% e 7%, respectivamente). Das pessoas com deficiência auditiva, 28% declararam ter também algum tipo de deficiência visual e 2%, deficiência intelectual.
*(Com informações da Agência Brasil)