No Ceará, 147 acidentes elétricos foram registrados entre 2013 e 2016, dos quais 129 resultaram na morte das vítimas, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, divulgado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).
Somente em 2016, 26 acidentes ligados à eletricidade, entre choques, incêndios por curto circuito e descargas atmosféricas, levaram as vítimas à morte no Estado, segundo apontou o levantamento. Os dados mostraram ainda que o Nordeste é líder isolado em acidentes relacionados a falhas na rede elétrica: das 2.408 mortes contabilizadas nas cinco regiões do País apenas por choques, de 2013 a 2016, 1.054 foram na região.
Outro problema comum ocasionado por falhas ou danos nas instalações elétricas são os curto-circuitos, que provocam a passagem de carga em excesso, podendo gerar um transtorno ainda maior: os incêndios. No Brasil, 1.384 incêndios após curto-circuitos foram contabilizados entre 2013 e 2016, 346 no Nordeste e 18 no território cearense.
Um dos resultados mais simples, porém alarmantes, dessa falta de regulamentação é que apenas 21% dos domicílios incluídos na pesquisa da Abracopel utilizam o chamado dispositivo Diferencial Residual (DR), que atua para garantir segurança ao usuário quando houver possibilidade de choque elétrico em tomadas.