O Nordeste registrou um aumento de 5% ao ano da taxa de mortalidade por hepatite viral crônica durante as últimas duas décadas (2001-2020). Dado vai de encontro ao observado em quase todas as demais regiões brasileiras, onde o índice permaneceu estacionário dentro do mesmo intervalo de tempo. Apontamento foi feito pela Universidade Tiradentes, de Sergipe, em pesquisa publicada nesta semana na Revista Brasileira de Epidemiologia. Autores analisaram dados públicos disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade, com auxílio da plataforma DataSUS, do Ministério da Saúde. Estudo identificou que a tendência temporal da mortalidade por hepatite viral crônica não apresentou aumento nem queda (estado considerado como estacionário) na maioria das regiões do Brasil. Foram exceções o Norte e o Nordeste, onde as mortes aumentaram 6% e 5% ao ano, respectivamente.
Alguns dos pacientes podem apresentar sintomas como febre, dor muscular, olhos amarelos, fezes claras e urina escura. No entanto, conforme o especialista, na maioria dos infectados a patologia não se manifesta de forma sintomática, sendo assim fundamental realizar um exame capaz de detectar o vírus. No geral, as hepatites foram responsáveis por 49.831 mortes nos últimos 20 anos no Brasil, conforme a pesquisa da Universidade Tiradentes. Sudeste foi a região que teve o maior número de óbitos (50,95%). No entanto, no comparativo anual, a tendência “foi de diminuição para todas as hepatites, exceto a viral crônica, que foi estacionária”. A média da taxa de mortalidade para esse tipo da doença foi de 0,88 mortes para cada 100 mil habitantes. Índice é quatro vezes maior que o de outras hepatites virais (0,22/100 mil).