Não é de hoje que cibercriminosos brasileiros têm utilizado motes atrativos para fazer com que vítimas caiam nos golpes. O tema utilizado desta vez é o álbum de figurinhas do campeonato mundial de futebol que acontece na Rússia nos próximos meses. A estratégia é a mesma já utilizada nos ataques mais recentes, e que costuma ter grande efetividade: com o intuito de atingir o maior número de usuários, eles têm disseminado os links maliciosos via WhatsApp. Neste caso, a mensagem chega até as vítimas por meio de notificações do navegador e se vale de engenharia social, uma vez que convida os usuários a compartilharem a mensagem com seus contatos.

 

Ao completar os passos, responder o questionário solicitado e compartilhar a mensagem com seus contatos, o usuário será redirecionado a páginas suspeitas, que podem coletar dados pessoais como número de telefone. Com isso, o usuário também pode ser cadastrado, sem estar consciente disto, em serviços premium, ou simplesmente ser redirecionado para uma página com inúmeras propagandas. É com a exibição de anúncios que o cibercriminoso garante a monetização do golpe.

“Com a proximidade de mais um grande evento como este, veremos muito mais golpes usando essa temática”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab no Brasil. “Em 2014, quando o campeonato aconteceu no Brasil, vimos os golpistas usarem essa tática muito antes da realização dos jogos. Mas nessa edição em específicio, vimos que o tema não despertou muito interesse, o que fez com que esses golpes aparecessem de forma tardia”, completa.

Promoções falsas
Ainda de acordo com Assolini, outra tática usada pelos criminosos está relacionada ao aparecimento de ações promocionais realizadas por bancos e cartões de crédito, onde há sorteios de viagens e ingressos para os jogos. Com base na cópia de promoções legítimas, os cibercriminosos lançam sites falsos com o objetivo de clonar cartões de crédito dos usuários.

Campanha recente

“Promoções de bancos e cartões de crédito costumam pedir o número completo, ou os 6 primeiros dígitos, para confirmar se a pessoa é elegível”, afirma Assolini. “Os golpistas se valem desse fato para enviarem e-mails maliciosos e também posts patrocinados falsos para clonarem o cartão das vítimas”.

Para se proteger de golpes como esses, Assolini é enfático: “o internauta tem que estar alerta”. Além disso, é imprescindível o uso de um produto de segurança que faça monitoramento dos ataques de phishing locais, pois esses ataques são direcionados e sua detecção costuma demorar ou não acontecer em produtos de segurança que não monitoram os ataques derivados do Brasil.

Vale lembrar
No começo do mês passado, a Kaspersky Lab identificou um golpe que utilizava a mesma temática e prometia uma viagem exclusiva aos ganhadores da promoção que continha 10 pacotes com tudo pago para assistir a uma partida de futebol.

Os usuários que recebem a falsa promoção intitulada #PartiuRússia são instigados a clicar em um link, que direciona para uma página com um formulário com o passo a passo. Nesta página, os clientes devem fornecer informações sobre seu cartão de crédito e informar se a bandeira é Visa Infinite ou Black.

Com informações da Kaspersky Lab