A transformação da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) em agência autônoma alivia o Orçamento da União. Porém, deverá obrigar o novo órgão a recorrer a recursos privados para financiar atividades. O texto original previa que a agência tivesse como fonte de receita parte da arrecadação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) repassada ao Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, do Sistema S.
Seria uma forma de o Ministério da Economia retirar dinheiro do sistema, muitas vezes criticado pela equipe do ministro Paulo Guedes por deter muitos recursos e ser pouco transparente com seus gastos. O orçamento da Embratur para 2020 era de R$ 82 milhões, mas, desse total, R$ 40 milhões são gastos com servidores ativos e aposentados, que serão remanejados para outros órgãos.
Portanto, o espaço aberto no Orçamento com a extinção da Embratur deve ser de R$ 42 milhões -valor que estava reservado para promoção ao turismo e administração. Segundo o Ministério da Economia, esse montante poderá ser remanejado a outros departamentos “para o atendimento de outras despesas, sem extrapolar, portanto, o teto dos gastos”. O governo diz que a mudança feita busca dar mais autonomia à agência e expandir o turismo internacional, com a captação de recursos privados. Ex-dirigentes da Embratur reclamavam que o orçamento para promoção da atividade turística era muito inferior ao de países vizinhos, como Colômbia.