Uma nova cepa da Covid-19 começa a preocupar a população e, também, as autoridades de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a B.1.1.529 como uma “variante de preocupação” e escolheu como nome “ômicron“. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.

De acordo com o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, há a possibilidade de a variante Ômicron já estar circulando no Brasil, embora, não tenha ocorrido a detecção efetiva de nenhum infectado.

“Realmente a possibilidade existe, não temos como dizer que é zero chance de já estar no Brasil, que não é possível. A possibilidade de termos algum caso que não tenha sido identificado existe, é uma possibilidade, mas até o momento não existe.”, afirma Barra Torres.

Além disso, para tentar conter a variante a Anvisa recomendou nesta sexta-feira (26) medidas de restrição para voos, a decisão vale para viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A omicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19). Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal.