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O número de consultas de pré-natal teve uma diminuição de pelo menos 15% no Ceará, o motivo talvez seja pela falta de médicos disponíveis para realização dos atendimentos ou pelo medo das gestantes de se dirigirem a uma unidade hospitalar durante a pandemia.

Especialistas explicam que as consequências de quebrar a rotina de exames e consultas durante a gravidez já estão se manifestando em mais óbitos intrauterinos e nascimentos prematuros.

De março a junho, os hospitais da rede pública do estado realizaram 3.238 atendimentos de pré-natal, número menor se comparado com o mesmo período de 2019, quando foram feitas 3.812 consultas, registrados 574 atendimentos a mais.

De acordo com dados disponibilizados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) são referentes aos atendimentos feitos no Hospital César Cals, Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e no Hospital Regional Norte (Sobral).

Outra unidade referência no tratamento de grávidas é a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), que atende principalmente gestações de risco. De março a junho de 2020, foram 1.701 atendimentos. Nesse mesmo período em 2019, o número foi de 2.377. O que representa uma queda de 28,4%.

Em âmbito municipal, segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), os 113 postos de saúde da Capital realizaram 41.381 consultas de pré-natal no período da pandemia contra 43.205 nos mesmos meses de 2019, registrando uma queda de 4,22% nos atendimentos.