Considerado um dos principais fatores de risco para acidentes, o álcool está cada vez mais presente no cotidiano dos motoristas. Segundo balanço da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), o número de autuações por alcoolemia aumentou cerca de 260% em um mês. Em outubro, 61 condutores abordados nas operações de fiscalização do órgão se recusaram a realizar o bafômetro, o que indica sinais de ingestão da substância. Já em novembro foram registradas 218 recusas e três testes deram positivo.

Em virtude das práticas irregulares, as ações de Lei Seca estão sendo reforçadas para promover uma mudança de comportamentos dos motoristas nas vias da Capital. “É feito um mapeamento dos locais com maior índice de acidentalidade para nortear as blitzes, que acontecem diariamente e em todos os turnos. O nosso objetivo é criar uma cultura de respeito às normas de circulação viária, orientando que quem for beber, não dirija”, ressalta o superintendente da AMC, Antônio Ferreira.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um condutor que desrespeita a lei com um copo de cerveja tem três vezes mais chance de morrer em um sinistro do que um motorista sóbrio. A bebida alcoólica torna os reflexos mais lentos, diminui a vigilância e reduz a capacidade de reação. “Geralmente, quando a pessoa conduz o veículo após ter bebido, passsa a praticar também outras condutas arriscadas como o excesso de velocidade, o avanço de sinal e a inobservância do uso de cinto de segurança ou capacete”, lembra o gestor.

Legislação

No Brasil, a tolerância de álcool é zero. Conduzir veículo automotor sob influência dessa substância é uma infração de natureza gravíssima X 10, multa no valor de R$ 2.934,70 e, se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar ou o motorista tenha sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, o mesmo será encaminhado à autoridade policial que adotará as medidas legais.