Em 2022, mais de 70 mil candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizeram a prova dentro de unidades prisionais — um aumento de mais de 30% em relação a 2021. Dependendo da nota, eles podem pedir, na Justiça, uma remição da pena (em geral, 100 dias a menos na cadeia) e o direito de se matricular na universidade.
A prova para pessoas privadas de liberdade foi criada em 2010, com a intenção de favorecer o processo de ressocialização dos presos. Ela tem o mesmo nível de dificuldade da versão regular e a mesma estrutura (180 questões e uma redação).
Cada unidade prisional tem um responsável pedagógico, encarregado de inscrever os presos, escolher uma sala para o exame ser aplicado, separar toda a documentação necessária e possibilitar que participem dos processos seletivos para o ensino superior (como Sisu, Prouni e Fies).
Caso o participante do Enem PPL seja aprovado em algum processo seletivo com os resultados do exame, cabe à Justiça determinar se a pessoa poderá cursar a graduação. O Inep não interfere na seleção e no processo de matrícula
+Veja as inscrições a cada ano: