De janeiro a julho de 2019, o Ceará registrou 1.456 mortes a menos do que o mesmo período do ano passado. Foram 1.302 casos registrados este ano contra 2.758 do ano passado, uma redução de 52,8%. Os índices caíram em todo território do Estado, com destaque para a Capital e os municípios do Interior Norte.
Fortaleza puxou a maior queda, com 511 mortes a menos, queda de 56,2%. Na sequência, aparece o Interior Norte, com 54,8% de redução, com 540 mortes em 2018 contra 244 este ano. A Região Metropolitana de Fortaleza também reduziu mais da metade das mortes de janeiro a julho de 2019, foram 392 casos registrados este ano contra 812 em 2018. Já no Interior Sul, foram 229 mortes a menos, uma diminuição de 46,2%.
O números registrado é o melhor em dez anos. Em 2009, o Ceará registrou 1.284 casos, uma diferença de 18 casos a menos em relação ao acumulado deste ano. Os números são da Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Além disso, a redução nos Crimes Violentos Letais Intencionais no Ceará chega ao 16º mês seguido de queda. O índice soma os casos de homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e roubo seguido de morte latrocínio. Ao todo, foram 196 casos em 2019 contra 378 registrados do ano passado, o que representa 182 mortes a menos em todas as regiões do Estado.
O mês de julho também marca o menor número de mortes no Ceará nos sete primeiros meses do ano. Foram contabilizados 69 casos contra 130 de julho de 2018, o que corresponde a uma queda de 46,9%, ou 61 registros de mortes a menos.
De acordo com o secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, entre as iniciativas utilizadas pelo Governo que colaboraram para as reduções estão a territorialização do policiamento em áreas vulneráveis da Capital e as medidas adotadas dentro dos sistemas prisionais do Estado.
Acrescente-se a estratégia de territorialização do policiamento com as bases do Programa de Proteção Territorial e Gestão de Riscos (Proteger) da Polícia Militar e o trabalho de dissuasão focada da Polícia Civil em microterritórios onde havia maiores disputas entre organizações criminosas. É fundamental também o trabalho desenvolvido no sistema penitenciário do Ceará pelos agentes penitenciários, frisou.