Pesquisa feita recentemente pelo Ministério da Saúde mostra que número de obesos no país aumentou 67,8% entre 2006 e 2018. Os brasileiros estão mais obesos e com maior excesso de peso – contexto que preocupa e chama a atenção dos profissionais de saúde. De acordo cirurgião endoscópico, Helmut Poti, a vida agitada e falta de tempo para a rotina de exercícios contribui para o aumento dos casos de obesidade alinhado com o mau hábito alimentar. “O consumo de produtos ultraprocessados com alto teor de gordura e açúcar é uma das principais causas do aumento de peso. A falta de tempo para praticar atividade físicas regularmente e a rotina puxada induzem ao sedentarismos e influenciam na qualidade de vida da população”, explica.

No Brasil, mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006. Apesar disso, a população se mostra mais preocupada com a alimentação, pois o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 15,5% entre 2008 e 2018, segundo dados da própria pesquisa.

É necessário uma mudança de hábito para que aconteça a diminuição dos índices de obesidade e sobrepeso.  O consumo regular de frutas e hortaliças ajuda a melhorar alimentação e contribui para uma vida mais saudável. É importante adequar as mudanças na sua rotina e torná-las aliadas nessa fase de dedicação e inventivo em busca de uma saúde melhor, ressalta Helmut Poti.

Segundo ele, o crescimento da obesidade é um dos fatores que podem colaborar o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que pioram a condição de vida do brasileiro e podem até levar à morte. “A obesidade desencadeia uma séria de doenças graves, por isso é preciso ter mais atenção com a saúde e sempre procurar a ajuda de um profissional da saúde para orientar de forma certa os cuidados necessários para cada paciente”, explica o cirurgião endoscópico.

Pesquisa

Para realizar o estudo, foram ouvidas, por telefone, 52.395 pessoas maiores de 18 anos de idade, de fevereiro a dezembro de 2018. A amostragem abrange as 26 capitais do país, mais o Distrito Federal.  Os dados foram divulgados Ministério da Saúde em julho de 2019.