Os planos de Bolsonaro para a criação do novo partido, Aliança pelo Brasil, foram adiados após o voto do ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nessa terça-feira (26) pela rejeição da consulta apresentada pelo deputado federal Jerônimo Pizzolotto Goergen (PP-RS) sobre a possibilidade de se coletar assinaturas digitais para criar partidos.
Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Alberto:
Segundo Luzenor de Oliveira em seu comentário no Bate Papo Político com o jornalista Beto Almeida nesta quarta-feira (27), o adiamento dessa decisão do TSE gera frustração para aliados do presidente Jair Bolsonaro no Ceará “que esperavam essa decisão que os favorecessem na coleta de assinaturas digitais para a criação do partido Aliança pelo Brasil”.
Beto Almeida destaca que o processo para o pedido de assinatura digital ser viabilizado para a criação de novos partidos não é novidade, pois a discussão já está em pauta deste 2018.
“O TSE tem que se decidir! Qual a dificuldade que existe? Na verdade existe uma dificuldade. A questão toda é, vai realmente facilitar? Vai”, afirma o jornalista que ainda destaca que há questionamentos sobre a garantia de legitimidade desse processo, tendo em vista que com as assinaturas digitais poderia haver a possibilidade de fraude, por meio de duplicação de assinaturas, por exemplo.
“Cada assinatura dessa que for coletada na internet tem que ter a certificação digital, que é um processo que é autorizado pela Receita Federal. Na realidade o processo não é tão simples como muita gente pensa”, afirma o jornalista.
Beto ainda comenta que a adoção da tecnologia tem se feito cada vez mais necessário, como nos casos do voto eletrônico através das urnas e a biometria. O jornalista ainda questiona o entendimento do TSE em relação ao possível prejuízo da biometria no caso de aprovação das assinaturas digitais.
“Eu não entendo o que uma coisa pode atrapalhar a outra. São duas coisas diferentes”, afirma Beto, que esclarece que o cadastro biométrico ainda não alcançou toda a população, e o processo ainda se mostra como um desafio, e diante disso, a certificação digital ainda seria necessária para garantir que aqueles que não possuem biometria possam participar da consulta.