Na próxima terça-feira (17), durante a 12ª Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Brasil vai transmitir a presidência pro tempore do órgão a Cabo Verde, país que sedia o evento. Durante o comando brasileiro, foram reforçadas as ações para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e as relações comerciais e diplomáticas entre os países-membros. O tema continuará como foco do grupo.
CPLP
A comunidade reúne nove países de Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste. O órgão foi criado há 22 anos, com o objetivo de promover acordos políticos e diplomáticos, a cooperação entre os membros e difundir a língua portuguesa.
Ao todo, os membros reúnem uma população de 268 milhões de pessoas e a soma do Produto Interno Bruto (PIB) dos países chega aos US$ 2.104.600 trilhões.
Ações conjuntas
A articulação entre os países-membros em reuniões internacionais possibilitou, por exemplo, que o Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, aprovasse uma resolução para a garantia de direitos às mulheres, a partir da ação conjunta da CPLP.
“Os países terem um entendimento dos problemas e das demandas da comunidade internacional faz com que possam ter uma atuação comum, além da defesa de candidaturas que são de interesse de todos”, ressaltou o subsecretário-geral para África e Oriente Médio, embaixador Fernando José Marroni de Abreu.
Objetivos
Cada país-membro permanece no comando da CPLP por dois anos. As discussões e os debates em 13 reuniões ministeriais ocorridas na gestão do Brasil tiveram como foco a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Também são prioridades do grupo a divulgação e a promoção da Agenda 2030 entre as demais nações, um plano de ação internacional para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade.
Durante a presidência brasileira, os chefes de estado e de governo da CPLP aprovaram ainda um acordo para facilitar a circulação de pessoas e a interação cultural, educacional e científica entre os membros.
Presidência de Cabo Verde
O desafio para a próxima presidência da CPLP é dar continuidade a esses propósitos. O embaixador de Cabo Verde no Brasil, Domingos Dias Pereira Mascarenhas, defende que as relações bilaterais entre os membros sejam reforçadas por meio de acordos de cooperação internacional.
“Para Cabo Verde, é também uma oportunidade. Queremos aproveitar para, sobretudo ao longo dos dois anos que leva a nossa presidência, dar a nossa contribuição para uma maior afirmação da nossa comunidade, por meio das reuniões setoriais que se enquadram na CPLP em todos os ramos: meio ambiente, educação, ciência e tecnologia, defesa, agricultura e segurança alimentar”, afirmou Mascarenhas.
FONTE: PLANALTO