De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos oito Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão prontas e sem funcionar no Ceará, uma delas desde 2013. Para o jornalista Beto Almeida, a situação das UPAs evidencia a falta de planejamento e a má administração dos recursos públicos.
Se está recebendo dinheiro para construir equipamento, tem que ter verba de custeio para funcionar.
Somados os valores investidos na construção das oito UPAs prontas e fechadas, o dinheiro por enquanto desperdiçado é de R$ 12,2 milhões. Falta de financiamento para manutenção e burocracias com o Governo Federal são as principais justificativas dos gestores municipais para a ausência de atividades nos locais.
Beto Almeida relembra que os municípios têm a alternativa de fazer a readequação dos espaços das Unidades, como foi autorizado pelo Governo Federal em maio de 2018. “Se você está com equipamento pronto e não está tento utilidade, então faz a readequação”, afirma Beto. Na readequação, a estrutura das UPAs inativas pode ser utilizada com outra finalidade na área da saúde, como para Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a fim de que não se perca as estruturas já erguidas.
O jornalista Luzenor de Oliveira, em seu comentário no Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral (Expresso Fm 104.3 na Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior + Redes Sociais) desta segunda-feira (29) destaca que o problema não se trata apenas de uma questão de infraestrutura, mas também demonstra um descaso com a população. “Um joga pra outro e quem paga a conta é a população, que mais precisa de atendimento da rede pública”, destaca Luzenor.