O ônibus do Fortaleza, que embarcava atletas, comissão técnica, staff e diretoria do time, foi atacado com bombas caseiras e pedras por torcedores do Sport, na saída da Arena de Pernambuco após o jogo pela Copa do Nordeste, na quarta-feira (21/2). Seis jogadores foram atingidos e precisaram ser encaminhados ao hospital mais próximo de Recife.
Segundo o clube, o goleiro João Ricardo foi ferido com um corte no supercílio e o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar sofreu uma pancada na cabeça, um corte na boca e um outro corte no supercílio. O lateral-direito Dudu, os zagueiros Titi e Brítez, e o volante Lucas Sasha foram feridos com estilhaços de vidro e tiveram que conter sangramentos.
João Ricardo e Gonzalo Escobar passaram por suturas — procedimento de recebimento de pontos cirúrgicos. O lateral-esquerdo também irá realizar exames de tomografia na cabeça, mas está bem e consciente. Os demais atletas passarão por cuidados médicos para a retirada de estilhaços de vidro pelo corpo.
“Seguimos no aguardo de novas atualizações e, neste momento, estamos dando às devidas assistências aos componentes de toda delegação”, afirmou o Fortaleza, nas redes sociais. O CEO do clube, Marcelo Paz, publicou um vídeo em que mostra os atletas feridos. “Denúncia grave. Torcida organizada do Sport jogou uma bomba caseira no nosso ônibus. Vários jogadores feridos. Isso é o cúmulo”, disse ele.
Marcelo também compartilhou um registro em que o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar está no hospital, tratando dos ferimentos. “Uma das pedras pegou na cabeça dele. Como isso vai ficar? Será só mais ‘um caso isolado’? Tem estilhaços no corpo dele. O que as autoridades vão fazer? O que o futebol vai fazer?”, indagou o CEO do Fortaleza.
O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) se posicionou sobre o ataque. “Pedras e bombas lançadas, jogadores feridos, e o ônibus da delegação do Fortaleza destroçado. Vidros quebrados e sangue nos bancos e no chão após a partida da Copa do Nordeste. Este é o triste estado do ônibus do Fortaleza, alvo de criminosos disfarçados de ‘torcedores’ do Sport”, disse o parlamentar.
O que diz o Sport?
Em nota, o Sport repudiou os ataques e afirmou que atos de violência não condizem com a real conduta e comportamento da torcida rubro-negra e nem com os valores do clube. “O presidente Yuri Romão, o executivo André Figueiredo, o coordenador técnico Ricardo Drubscky e a equipe médica do Clube já estão com delegação do time cearense, prestando apoio e todo o suporte necessário”, disse o time.
“O Sport também já se colocou à disposição para ajudar na apuração dos fatos e as investigações, buscando identificar os envolvidos nesse ato criminoso”, acrescentou.