Um novo relatório da ONU Meio Ambiente afirma que, embora a poluição tenha impactos negativos consideráveis na saúde humana e nos ecossistemas, a mesma é controlável e evitável através de liderança política, ações de defesa e compromissos importantes e ações locais. A informação é da ONU News.

O relatório “Na direção de um planeta livre da poluição” foi lançado durante a Primeira Conferência das Partes para a Convenção de Minamata sobre mercúrio, realizada semana passada em Genebra, como sessão preparatória para a Assembleia Ambiental da ONU, que será realizada em dezembro.

O chefe da agência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Erik Solheim, lembrou que a “poluição é um desafio universal”, mas afirmou que a “boa notícia é que o mundo já sabe o que precisa ser feito para evitá-la e reduzi-la”. Ele destacou a responsabilidade é de governos, empresas, autoridades locais, sociedade civil e indivíduos em todo o mundo de se comprometer a agir para acabar com a poluição em todas as suas formas.

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Citando os impactos negativos da poluição – especialmente sobre as pessoas mais pobres e vulneráveis, ameaçando seus direitos humanos – e as respostas limitadas de governos, empresas e cidadãos à situação e desafios atuais, o relatório sugere cinco ações abrangentes: 1. Adotar um pacto global sobre a poluição que torne sua prevenção uma prioridade; 2. Fortalecer a governança ambiental em todos os níveis; 3. Promover o consumo e produção sustentáveis, através da melhora na eficiência de recursos e mudanças em estilos de vida; 4. Priorizar o gerenciamento e a redução do desperdício; e 5. Estabelecer parcerias para desenvolver soluções e investir em produção e consumo mais limpos.

Além disso, o documento também propõe 50 ações concretas para reduzir a poluição em diversas formas e pede um compromisso político forte e de alto nível, com o envolvimento de governos locais, sociedade civil e outros atores.

O estudo destaca ainda que, embora algumas formas de poluição tenham sido reduzidas com o avanço de tecnologias e estratégias de gerenciamento, estimativas são de que cerca de 19 milhões de mortes prematuras ocorram por ano devido à forma como as sociedades usam seus recursos naturais e afetam o meio ambiente para a produção e consumo.