Desdobramentos da Operação Dissimulare que desmontou esquema de sonegação fiscal que pode ter gerado prejuízos de mais de 300 milhões de reais aos cofres do Estado do Ceará. A Secretaria da Fazenda fornece à Polícia, nesta segunda-feira, mais informações sobre a quadrilha montada para sonegar o ICMS.
O esquema fraudulento que movimentou mais de um bilhão de reais foi desarticulado pela Polícia Civil. Foram presos na primeira fase da operação 13 integrantes da organização. A ação combateu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Dentre os suspeitos de sonegar impostos estão três empresários do ramo têxtil, dois auditores da Secretaria da Fazenda e contadores. De acordo com a Sefaz, o esquema foi descoberto com a delação três ex integrantes da organização. A Polícia Civil investiga a participação indireta de comerciantes da Feira da José Avelino onde, conforme as apurações, era comercializada parte da mercadoria irregular.
Foram capturados, por meio de mandados de prisão, o empresário e presidente do SindConfecções Ceará, Marcus Venicius Rocha Silva; os empresários José Orlando Rodrigues de Sena e Antônio Batista da Silva; os auditores da Sefaz, Paulo Sérgio Coutinho de Almada e Antônio Alves Brasil; e os operadores do esquema Francisco de Assis Neto; Maria Soraia de Almeida; Suzi Cardoso Lima; Daniel Rocha de Sousa; Bruno Rafael Pereira Carvalho; Mirtes Coutinho Carvalho; Natália de Souza Costa; e Thamara Almada do Nascimento.
De acordo com o titular da Delegacia de Crimes Contra a Administração e Finanças Públicas, delegado Márcio Gutierrez, estão foragidos. São eles, Jovilson Coutinho Ramalho, apontado pela Polícia como chefe da organização e irmão do auditor Paulo Coutinho; e os operadores do esquema Francisco José Timbó Farias e Carlos André Maia Sousa.
Os levantamentos do Departamento de Polícia Especializada apontaram que os investigados vinham há, pelo menos cinco anos, usando empresas de fachada para adquirirem tecidos em outros estados e repassá-los para terceiros a baixo custo.