A Operação Masmorras Abertas, realizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) em abril de 2018, investiga sete agentes penitenciários por cometer crimes contra a Administração Pública como facilitar fugas e utilizar a funções para proteger e ocultar os crimes de presos. A medida que determina a investigação administrativa contra os agentes foi autorizada no dia 29 de outubro e publicada no Diário Oficial do Estado dessa segunda-feira (04).
Ex-servidores que atuavam como coordenador do sistema penal, diretor de presídio, agente penitenciário e coordenadores da Secretaria da Justiça e Cidadania são alvo do procedimento administrativo-disciplinar.
De acordo com a denúncia recebida pela Justiça cearense em maio de 2019, alguns membros eram vinculados criminosamente num esquema de negociação de transferência de presos, cobrando valores de R$ 1 mil para transferências na mesma unidade, e entre R$ 5 mil e R$ 15 mil para transferências entre unidades prisionais.
Além disso, os agentes teriam facilitado fugas e a inserção de objetos ilícitos na unidades prisionais (incluindo celulares e drogas) e até concedido regalias e favores para se manterem na titularidade dos cargos.