A Polícia Federal cumpre 21 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (22), pela segunda fase da Operação Tritão, que investiga fraudes em licitações e contratos na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do Porto de Santos (SP). Entre os alvos estão o ex-deputado federal Marcelo Squassoni (PRB), ex-diretores da estatal, servidores e empresários
O principal investigado é Squassoni, suspeito de ser um dos articuladores do esquema na Codesp e que, segundo o Ministério Público Federal, recebeu R$ 1,6 milhões em propina. Ele não foi localizado em sua casa em Guarujá, mas o local também foi alvo de buscas.
Operação Tritão
A operação, denominada Círculo Vicioso, é segunda etapa da Operação Tritão, desencadeada em outubro de 2018 e conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF). Os prejuízos causados à Codesp nessa etapa, conforme a PF, somam mais de R$ 100 milhões.
Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos e são cumpridos nas cidades de São Paulo/SP, Santos/SP, Guarujá/SP, Ilha Bela/SP, Bragança Paulista/SP, Serra Negra/SP e Duque de Caxias/RJ, além da capital cearense.
A fase inicial da Tritão ocorreu em outubro de 2018, quando o então presidente, dois diretores e um servidor da Codesp, além de três empresários, foram presos por suspeita de corrupção, fraude em licitações e peculato (apropriação de recursos públicos). Na ocasião, três contratos ilícitos firmados com a estatal foram identificados. Todos os investigados foram soltos posteriormente.