O filme do diretor cearense Karim Aïnouz, “A Vida Invisível”, foi definido para representar o Brasil no Oscar 2020. A escolha foi feita na manhã desta terça-feira (27) pela Academia Brasileira de Cinema em coletiva. A produção superou outros 11 longas na disputa, entre eles “Bacurau“, de Kleber Mendonça Filho.
O filme estrelado por Fernanda Montenegro estreia no Brasil dia 31 de outubro e concorre a vaga de Melhor filme em língua estrangeira. Vale ressaltar que a indicação pela comissão especial não garante que o filme chegue à próxima cerimônia do Oscar, marcada para 9 de fevereiro do ano que vem.
Após cada país apontar seu representante, um comitê de 300 pessoas em Los Angeles assiste a cada um dos títulos e escolhe seis deles para a categoria. As três vagas remanescentes são definidas por um grupo paralelo, formado por membros antigos da Academia que, ao contrário dos colegas na ativa, são menos assediados pelos agentes das produções.
A última vez em que o Brasil concorreu na categoria, até o ano passado chamada de melhor filme em língua estrangeira, foi em 1999, com “Central do Brasil”. O longa de Walter Salles estrelado por Fernanda Montenegro perdeu para o italiano “A Vida é Bela”, de Roberto Benigni.
Apesar dessa ausência de duas décadas – ou por causa dela – o histórico de escolha do título é pontuado por polêmicas. Em 2010, quando o filme era decidido por um comitê indicado pela Secretaria Audiovisual, do Ministério da Cultura, a seleção da biografia chapa-branca “Lula, o Filho do Brasil” foi criticada por outros cineastas.