Pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo do jornal Folha de São Paulo mostra que 65% dos brasileiros estão otimistas com a economia. O número é recorde às vésperas da posse de Jair Bolsonaro (PSL) como novo presidente do país.
Segundo o instituto, apenas 23% dos brasileiros estavam otimistas no levantamento anterior, de agosto deste ano. Esse é o mais alto índice de uma série histórica que começa em 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O levantamento aponta, ainda, que 67% dizem acreditar que estarão em melhor situação econômica pessoal à frente. Em agosto, eram 38%.Esse índice de dezembro empata na margem de erro de dois pontos percentuais da pesquisa com os 68% que disseram a mesma coisa em março de 2013, antes de a popularidade de Dilma Rousseff (PT) ser corroída pelos protestos de junho daquele ano. Foram ouvidas 2.077 pessoas em 130 municípios nos dias 18 e 19 deste mês.
Outros números, é que 9% acham que a economia brasileira vai piorar 9% —eram 31% em agosto. Já os que acreditam em estabilidade caíram de 41% para 24%. Na avaliação das finanças pessoais, os pessimistas passaram de 14% para 6%. Os entrevistados que veem a situação igual à frente passaram de 44% para 25%.
A expectativa quanto ao governo Bolsonaro também é recorde, do lado positivo, quando o assunto é melhoria no mercado de trabalho. Em agosto, 19% diziam que o desemprego iria cair. Agora são 47%, o maior índice dessa série, que começa em 1995 —os pontos altos anteriores eram de 41%, em junho de 2003, março de 2013 e novembro de 2010.
Predizem o aumento da taxa 29%, ante 48% em agosto. Neste levantamento, 21% dizem acreditar que a taxa de desemprego seguirá a mesma, na casa dos 12%, segundo o IBGE, sete pontos percentuais a menos do que no anterior.
27% creem no aumento do custo de vida, antes eram 54%. Já os que dizem acreditar na queda dos preços subiram de 11% para 35%, número que iguala o recorde histórico de junho de 2003, no começo do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em pesquisa em junho, 72% achavam que o Brasil estava pior nos últimos meses, algo que se refletia na altíssima impopularidade do governo Michel Temer (MDB). Nesta pesquisa, esse índice cai para 37%. Saltou de 6% para 20% o número dos que acham que o país está melhor, enquanto os que veem tudo igual pularam de 20% para 42%.
Na pesquisa 30% acham que sua vida piorou, ante 49% em junho. Os que acham que ela melhorou são o dobro: de 10% para 20%, enquanto os de opinião neutra passaram de 40% para 49%. Por fim, 27% em junho acreditavam que a crise acabaria logo e o país voltaria a crescer, agora o percentual atinge 50%. Outros 42% entendem que ela vai se estender 42%, ante 57% da passada e 5% ante 2% entendem que ela já acabou.