A campanha Outubro Verde tem como objetivo alertar a população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da sífilis congênita, doença infectocontagiosa caracterizada pela transmissão da sífilis da mãe para o feto ou para o recém-nascido. A doença é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

De acordo com especialistas, a taxa de transmissão vertical para o feto é de até 80% intrauterina, ou seja, acontece quando o bebê ainda está na barriga da mãe. De janeiro a setembro de 2023, foram notificados 1.103 casos de sífilis congênita e 2.191 casos de sífilis em gestantes no Ceará. Já em 2022, foram notificados 1.579 casos de sífilis congênita e 2.519 casos de sífilis em gestantes no estado.

Pré-natal é fundamental

Para evitar a transmissão da doença para o bebê, a mãe deve iniciar o tratamento ainda durante a gestação. A realização do teste diagnóstico da sífilis é indicada em dois momentos: na primeira consulta de pré-natal e no início do terceiro trimestre da gestação.

O teste para diagnóstico da sífilis deve ser realizado na primeira consulta de pré-natal e no início do terceiro trimestre da gravidez.

Nos terceiros sábados de outubro de cada ano celebra-se o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A Lei 13.430/2017 que institui o dia comemorativo foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 2015 e pelo Senado Federal em 2017. O objetivo é enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequados da sífilis e especialmente na gestante durante o pré-natal.