O dia de paralisação de juízes federais e trabalhista, que reivindicam melhores condições remuneratórias, teve adesão parcial da categoria nessa quinta-feira, de acordo com dados divulgados até o momento pelas entidades envolvidas no protesto.

Os magistrados decidiram protestar contra o eventual fim do auxílio-moradia e o que consideram “perseguição” que vem sofrendo em razão do ataque à remuneração da classe.

A principal queixa da categoria é que a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, estaria dando um tratamento seletivo ao incluir na Pauta da próxima semana apenas o julgamento do auxílio moradia para a magistratura federal em vez de discutir também uma ação que poderia estabelecer parâmetros para todos os benefícios pagos a magistrados.

Segundo números da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), a maior adesão foi em Pernambuco, com todos os 57 magistrados parando. No Ceará, das 35 varas, apenas três não aderiram. No Rio Grande do Sul, por sua vez, a paralisação contou com 170 dos 200 magistrados. No Distrito Federal, 50 por cento dos magistrados aderiram ao movimento.

Consta ainda, segundo a entidade, que mais de 150 juízes federais participaram de ato na capital paulista, dos 423 juízes que compõem toda a 3ª Região, que abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul.