A disputa nas urnas em outubro deste ano já começa a se desenrolar. A 17 dias do fim do prazo de desincompatibilização eleitoral, que permite o desligamento de políticos de cargos na esfera federal, estadual ou municipal como Secretarias e Ministérios, parlamentares e chefes do executivo se movimentam para estarem aptos às eleições.
Enquanto isso não acontece, governantes precisam “tapar os buracos” deixados na equipe de Governo e tentam dar algum ritmo à gestão na reta final de mandato. Conforme as regras do direito eleitoral, cada cargo eletivo prevê prazos próprios a serem cumpridos, variando de três a seis meses exigidos de afastamento, que pode ser definitivo ou temporário.
No geral, secretários e ministros precisam ficar seis meses fora da gestão para concorrera os cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. Já parlamentares não precisam se licenciar para novas disputas ao mesmo cargo. A mesma regra é aplicada a presidentes e governadores em busca da reeleição. No entanto, se a pretensão é ocupar outro cargo, o afastamento por seis meses é obrigatório.
De saída
No Ceará, as principais mudanças no quadro governamental irão ocorrer com a saída de secretários. Ao menos seis aliados do prefeito Roberto Cláudio (PDT) devem sair em busca de vaga no parlamento. No Estado, o governador Camilo Santana (PT) também deve sofrer o mesmo número de baixas. O próprio petista irá em busca de reeleição. Contudo, pelas normas eleitorais, não precisará se afastar do cargo.
Enquanto na política regional os futuros candidatos estão deixando para anunciar a saída do governo no prazo final, a mudança na administração federal já começou. Nos últimos meses, o presidente Michel Temer (MDB) viu cinco ministros deixarem Pastas. No Trabalho e nas Cidades, Ronaldo Nogueira (PTB) e Bruno Araújo (PSDB) cederam seus lugares. Saíram ainda Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio).
Pré-candidatos na gestão Roberto Cláudio
- Evaldo Lima (PC do B), secretário da Cultura. Deve se candidatar à vaga na Assembleia Legislativa
- Mosiah Torgan (DEM), secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Vai tentar se eleger deputado estadual
- Queiroz Filho (PDT), chefe de Gabinete. É um dos nomes cotados para uma vaga a deputado estadual
- José Albuquerque (PP), secretário da Regional VI. Deve se candidatar a deputado federal
- Antônio Henrique (PDT), secretário da Regional III. Analisa a candidatura à AL
- Alexandre Pereira (PPS), secretário do Turismo. Deve tentar vaga ao legislativo federal ou estadual
Pré-candidatos na gestão Camilo Santana
- Dedé Teixeira (PT), secretário do Desenvolvimento Agrário. Deve tentar se reeleger como deputado estadual
- Mauro Filho (PDT), secretário da Fazenda. Vai tentar vaga na Câmara dos Deputados
- Jesualdo Farias (PPS), secretário das Cidades. Vai tentar vaga de deputado federal
- Nicolle Barbosa (PSC), presidente da Agência do Desenvolvimento do Ceará (Adece). Vai buscar vaga como deputado federal
- Josbertini Clementino (PDT), secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social. Vai tentar se eleger deputado estadual
- Fernando Santana (PT), chefe de gabinete adjunto do governador. Deve tentar se eleger deputado estadual
Pré-candidatos na gestão Michel Temer
- Henrique Meirelles (PSD), ministro da Fazenda. É cogitado na disputa à Presidência
- Aloysio Nunes, das Relações Exteriores. Cotado para disputar vaga de presidente
- Marx Beltrão (MDB), do Turismo. Irá tentar vaga no Senado
- Blairo Maggi (PP), da Agricultura, candidato à reeleição no Senado
- Sarney Filho (PV), do Meio Ambiente. Pode disputar vaga no Senado
- Leonardo Picciani (MDB), do Esporte. Deve tentar vaga ao Senado
- Maurício Quintella Lessa (PR), dos Transportes. Deve se candidatar ao Senado
- Mendonça Filho, da Educação. Confirmou que irá se candidatar, mas não anunciou o cargo
- Ricardo Barros (PP), ministro da Saúde. Deve disputar reeleição ao parlamento federal
- Fernando Coelho Filho (sem partido), de Minas e Energia. Tentará reeleição a deputado
- Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Cogitado na disputa ao Governo de São Paulo
Com informações do Jornal O Povo