Os dirigentes nacionais e estaduais do PDT abrem novas frentes da guerra interna que, a cada dia, deixa o partido ainda mais dividido no Ceará. A corda estica ainda mais com a decisão do senador Cid Gomes entrar com recurso na Justiça para manter a reunião que o elegeu, na última segunda-feira, presidente da legenda no Ceará. A eleição foi suspensa pela juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28ª Vara Cível de Fortaleza. Com essa decisão, o deputado federal André Figueiredo reassumiu a Presidência Estadual.


BRIGA NACIONAL


Certo dos desdobramentos ainda mais negativos na disputa local, o deputado federal André Figueiredo, que, também, o ocupa o cargo de presidente nacional da sigla, convocou, para o próximo dia 27, em Brasília, uma reunião da Executiva Nacional para avaliar os rumos do PDT no Ceará. O encontro pode decretar intervenção no Diretório Estadual.


André é aliado do ex-presidenciável Ciro Gomes, do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e do prefeito José Sarto. O grupo, que faz oposição ao Governo Elmano de Freitas, tem, ainda, como integrantes, os deputados estaduais Antonio Henrique, Cláudio Pinho e Queiroz Filho, mas hoje não conta com nenhum deputado federal.


O bloco dissidente, formado pelo senador Cid Gomes, conta com, pelo menos, 9 deputados estaduais, cinco deputados federais e mais de 30 prefeitos é aliado ao Palácio da Abolição. Se o grupo de Cid ganhar a disputa pelo comando regional, o PDT desembarca por inteiro na base de apoio ao Governo Estadual. Já o grupo de Ciro, André, Sarto e Roberto Cláudio quer manter o PDT na oposição e sem embaraços na disputa pela Prefeitura de Fortaleza e muitos municípios do Interior do Estado.

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