O PDT sofrerá mais uma debandada no Ceará com a saída de 9 deputados estaduais e cinco suplentes à Assembleia Legislativa. O grupo de deputados e suplentes recebeu aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desligar do PDT e ingressar em outro partido sem prejuízos ao mandato.

O PT, PSB, PSD e MDB estão de olho e se preparam para atrair os pedetistas. Do grupo de dissidentes, a deputada Lia Gomes seguirá os passos dos irmãos Ivo e Cid e desembarcará no PSB. Em novembro de 2023, 43 prefeitos eleitos, em 2020, pelo PDT, se integraram ao grupo liderado pelo Ministro Camilo Santana e se transferiram para o PT e o PSB.

SEM DATA PARA MUDANÇA DE PARTIDO

Os deputados e suplentes não tem data para oficializar a desfiliação, mas todos querem se livrar do incômodo de permanecer em um partido que faz oposição ao Governo Elmano de Freitas (PT).

A linha de atuação do PDT é definida pelo ex-presidenciável Ciro Gomes e pelo ex-prefeito Roberto Cláudio. Ciro e Roberto trabalham para reeleger o prefeito de Fortaleza, José Sarto, como estratégia para o partido ganhar sobrevida nas eleições de 2026.

MINISTRA FRUSTRA PLANOS DOS PEDETISTAS

A ministra Isabel Gallotti, do TSE, rejeitou o recurso da Executiva Nacional do PDT que queria impedir a saída dos pedetistas que se preparavam para pedir desfiliação à legenda. A decisão gerou frustração entre os atuais dirigentes regionais da agremiação.

Segundo a ministra Isabel Galotti, houve discriminação pessoal contra os deputados estaduais e suplentes e, por essa razão, todos podem deixar o PDT sem perda de mandato.

A ministra cita, ainda, que a direção nacional foi arbitrária ao tornar o diretório estadual do PDT inativo, classificou a medida como manobra e definiu como irregular a tentativa da Executiva Nacional de avocar a competência exclusiva para autorizar a desfiliação partidária.

DISSIDÊNCIA EM 2022 E EMAGRECIMENTO EM 2023 E 2024

O PDT moveu a ação no TSE após uma derrota no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. O primeiro a ganhar a queda de braço na Justiça, com o argumento de que fora discriminado em 2022 por não ter recebido recursos do Fundo Eleitoral, foi o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão.

Evandro venceu a briga na Justiça, se transferiu para o PT e, com o apoio do Ministro Camilo, do Governador Elmano de Freitas e do presidente Lula, concorre à Prefeitura da Capital. Se o PT vencer a eleição em Fortaleza, o PDT tende a emagrecer ainda mais.

O comando estadual da sigla tentou barrar a desfiliação dos deputados estaduais e dos suplentes que decidiram acompanhar o Governador Elmano de Freitas e o Ministro da Educação, Camilo Santana, após o PDT romper, em 2022, a aliança com o PT na disputa ao Governo do Estado.

Dos 13 deputados que o PDT elegeu em 2022, um – Evandro Leitão, se transferiu para o PT, 9 estão de malas prontas para deixar o partido, enquanto três – Queiroz Filho, Antonio Henrique e Cláudio Pinho, permanecem na legenda sintonizados com a liderança de Ciro e Roberto Cláudio.

DEPUTADOS E SUPLENTES BENEFICIADOS

Salmito Filho
Jeová Mota
Lia Gomes
Guilherme Landim
Marcos Sobreira
Oriel Nunes
Osmar Baquit
Romeu Aldigueri
Sérgio Aguiar

SUPLENTES


Helaine Coelho
Tin Gomes
Antônio Granja
Bruno Pedrosa;
Guilherme Bismarck